Análise Tática: Caixinha Revela o Ponto Crucial na Derrota do Santos para o Vasco

Declínio Físico e Mental: A Análise de Caixinha Sobre a Derrota do Santos

Após a derrota do Santos para o Vasco em São Januário, o técnico Pedro Caixinha buscou explicar os fatores que levaram ao revés. Em suas declarações, o treinador português destacou que o declínio físico da equipe, aliado a uma fragilidade mental nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, foram determinantes para o resultado negativo.

Caixinha respondeu às críticas da torcida santista, esclarecendo que o desgaste físico de alguns jogadores foi um fator limitante na partida. Segundo o comandante, atletas importantes como Barreal, Tiquinho Soares e Rollheiser, que se destacaram no primeiro tempo, não possuíam a condição física ideal para manter o ritmo durante os 90 minutos.

O treinador detalhou as dificuldades enfrentadas por alguns jogadores: "É verdade de que um ou outro jogador sentiu alguma dificuldade em energia física, o Tiquinho tinha ali já alguma queixa no intervalo, sabíamos que era uma das substituições, o Barreal que fez uma grande partida também tinha desgaste, sim, em termos do ritmo de jogo, e o próprio Rollheiser, apesar de ter altos e baixos no jogo, manteve também uma dinâmica que pensavam que podia ser substituída. Os jogadores no meio de campo, que agarramos por substituir, já foi no mínimo no sentido de tentar arriscar e ter mais presença na área, não conseguimos tentar abrir o campo, não conseguimos tanto que a bola tivesse mais chegada na área".

O Momento Decisivo: Desatenção e Falhas na Marcação

Caixinha identificou o momento crucial da partida, ressaltando a importância de uma entrada forte no segundo tempo: "O que demos aos jogadores era de que nós tínhamos que fazer uma entrada no jogo, em particular nos primeiros 15 minutos, que fossem muito fortes para aproveitar o momento como tínhamos terminado o primeiro tempo. Quando tínhamos mais gente e aí o adversário aproveitou, e muito bem, uma situação do Vegetti, não na primeira bola, que assim isto faz à assistência para o primeiro gol, que é um jogador mesmo marcado, é difícil, mas sim uma desatenção naquilo que foi o regresso dessa segunda bola. E depois, na jogada de falta, onde, efetivamente, tínhamos um responsável por fazer essa marcação, um jogador com a qualidade do Vegetti não pode, individualmente, estar só na área, da forma como finalizou. A história do jogo é esta, não era o resultado que queríamos, em determinados momentos do jogo, fomos essa equipa que queríamos ser, digamos essa imagem que queríamos ser, mas não conseguimos ser na totalidade do jogo, e em particular o momento do jogo que eu destaco, são os primeiros 10 minutos do segundo tempo da equipa. Tinha que ter entrado com alta maturidade, com alta possibilidade e outro controlo do jogo para retirar a imprensa. Mais a iniciativa e o controle no sistema."

O treinador lamentou a desatenção da equipe em momentos cruciais, como na jogada do gol de Vegetti , onde falhas na marcação permitiram que o atacante adversário finalizasse com liberdade. Essa falta de concentração e o controle emocional foram, na visão de Caixinha, fatores que contribuíram para a derrota.

Além da Condição Física: Análise Abrangente da Performance

Caixinha enfatizou que a questão física não pode ser analisada de forma isolada: "Deixo ter a análise do GPS e digo não, mas se nós analisarmos a questão física só por isso, eu diria que é também um pouco produtor. De qualquer maneira, quando a equipe não mantém a bola, sofre mais, tem que correr mais e isso foi o que se passou, em particular nessa entrada no jogo, nos momentos em que demos ao final do adversário, para dar essa resposta que o Barreal sofreu, que não tinha essa vitalidade no ritmo, o Tiquinho já tinha essa condição ao intervalo como foi passada por ele e pelo próprio produtor e o Rollheiser também era um jogador que teríamos as nossas expectativas de se poderia durar os 90 minutos ou não."

O técnico ressaltou que a posse de bola e a capacidade de controlar o ritmo do jogo são fundamentais para evitar o desgaste excessivo dos jogadores. A equipe, ao não conseguir manter a posse e ceder a iniciativa ao adversário, acabou sofrendo um desgaste maior, o que refletiu no desempenho físico e mental ao longo da partida.

Neymar e Soteldo: Postura de Respeito aos Jogadores Presentes

Questionado sobre a possível vinda de Neymar e Soteldo, Caixinha preferiu não se alongar no assunto: "Eles não vieram. Respeitamos todos os que estão aqui, que acho que fizeram um trabalho muito, muito meritório em termos daquilo que é a nossa representação. E sempre que nós não tivermos aqui um jogador, seja o Neymar, seja o Soteldo, eu não vou falar muito. Temos muito respeito para os jogadores que tiveram aqui a fazer isso."

O treinador demonstrou respeito pelos jogadores que estão atualmente no elenco e que se dedicam a representar o clube. Caixinha optou por não criar expectativas em relação a possíveis reforços, mantendo o foco no trabalho e no desempenho dos atletas que estão à disposição.