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Clássicos no Brasileirão: Mito ou Realidade? Analisando a Influência da Fase dos Times

Por Redação FutVasco em 04/11/2024 14:02

A Fase dos Times Importa em Clássicos? Desvendando o Mito do "Jogo à Parte"

É comum ouvirmos a frase: "Em clássico não importa a fase que os times estão. As coisas se nivelam na hora que a bola rola". Mas será que essa afirmação se sustenta diante dos números? Para desvendar esse mito, o Espião Estatístico analisou a performance dos times em clássicos do Brasileirão desde 2015, levando em consideração a diferença de colocação entre os rivais.

Clássicos: Uma Análise Detalhada da Diferença de Posições

A análise do Espião Estatístico revelou que a diferença de colocação entre os times em clássicos influencia os resultados, embora não seja uma regra absoluta. Em confrontos com uma distância de oito posições, como o duelo entre Botafogo e Vasco, o time superior na tabela vence em 28,57% dos casos, enquanto o time inferior também conquista a vitória em 28,57% dos jogos. O empate, porém, é o resultado mais frequente, ocorrendo em 42,86% dos 14 clássicos analisados.

Em clássicos com uma diferença de 13 posições, como o confronto entre Corinthians e Palmeiras, a equipe que se encontra em uma posição superior na tabela vence em 50% dos jogos, enquanto os outros 50% se dividem entre o empate e a vitória do time inferior.

Para entender melhor a influência da diferença de posições em clássicos, observe o gráfico a seguir:

Fonte: ge

Comparando Clássicos com Partidas Normais: A Realidade dos Números

Ao analisar os clássicos em comparação com jogos não clássicos, o Espião Estatístico constatou que, em geral, os times que ocupam posições mais altas na tabela tendem a vencer mais, tanto em clássicos como em partidas normais.

Em jogos não clássicos, a vantagem do time superior é ainda mais evidente. Com uma diferença de oito posições, a equipe à frente na tabela vence em 46,4% dos casos, enquanto na distância de 13 colocações, o percentual de vitórias do time melhor colocado sobe para 52,94%.

Para visualizar essa diferença em jogos não clássicos, observe o gráfico a seguir:

Fonte: ge

O Impacto da Diferença de Posições: G4 vs Z4

A diferença de posições entre os times também influencia os resultados quando consideramos o G4 (quatro primeiros colocados) e o Z4 (quatro últimos colocados). Naturalmente, quanto maior a distância entre os times, maior a probabilidade de vitória do time superior.

Em clássicos, os confrontos entre um time do G4 e um do Z4 representam apenas 2,93% dos jogos analisados. Nesses jogos, a equipe do G4 venceu em três ocasiões, enquanto o empate e a vitória do time do Z4 ocorreram em duas ocasiões cada. Já em jogos não clássicos, esse tipo de confronto corresponde a 5,11% dos jogos analisados, com 94 vitórias do time do G4, 38 empates e 37 vitórias do time do Z4.

Conclusão: A Fase dos Times Influencia os Resultados, Mas Clássicos Têm Seu Peso

A análise do Espião Estatístico demonstra que a fase dos times, medida pela diferença de posições na tabela, influencia os resultados, tanto em clássicos como em partidas normais. No entanto, o peso da rivalidade e o fator emocional em clássicos podem influenciar para que o time inferior tenha um desempenho acima do esperado.

Em suma, a frase "em clássico não importa a fase" não é totalmente verdadeira. Embora a fase seja um fator importante, a rivalidade e o fator emocional podem nivelar as forças em campo, proporcionando momentos de emoção e reviravoltas no Brasileirão.

"Em clássico não importa a fase que os times estão. As coisas se nivelam na hora que a bola rola".

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Igor Mattos, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti.*

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