Vasco inicia reformulação com Tchê Tchê e busca sanar pendências financeiras

Reforços Iniciais e a Estratégia de Custo Zero

O Club de Regatas Vasco da Gama deu o pontapé inicial em sua reformulação para a temporada de 2025, anunciando Tchê Tchê como o primeiro reforço. O meio-campista chegou sem custos, após sua saída do Botafogo. Além dele, o clube acertou as contratações de Daniel Fuzato, Lucas Freitas e Lucas Oliveira, também sem custos, por meio de divisões de direitos econômicos com suas equipes anteriores. Essas movimentações demonstram uma estratégia de mercado focada em oportunidades sem gerar grandes despesas.

A nova gestão, liderada por Pedrinho, tem adotado um discurso de cautela nas finanças. O presidente afirmou em entrevista que a ideia é "de forma muito bem estruturada, com o respaldo do orçamento, vamos tentar ser assertivos". Essa postura reflete a necessidade de equilibrar as contas do clube, impactadas por dívidas da gestão anterior.

Dívidas da Gestão Anterior Impactam o Orçamento

O principal entrave para o Vasco realizar grandes investimentos no mercado de transferências reside nas dívidas herdadas da gestão da 777 Partners. Um relatório da atual diretoria revelou que a 777 pagou apenas 18% dos valores referentes a contratações, luvas e comissões a empresários que deveriam ter sido quitados até maio de 2024, quando o clube associativo retomou o controle. Essa situação financeira precária tem limitado a capacidade do Vasco de realizar contratações mais expressivas.

Na ocasião da retomada do controle, o clube devia R$ 5,4 milhões de luvas aos jogadores do elenco. A diretoria priorizou a regularização desses pagamentos e conseguiu quitar a dívida com quatro atletas: Vegetti, Paulo Henrique, Jair e Galdames. No entanto, ainda existem valores consideráveis em aberto. O clube ainda precisa quitar valores com outros atletas como Payet, Adson e Hugo Moura.

Pagamentos Pendentes e a Busca por Fôlego Financeiro

O Vasco efetuou o pagamento de R$ 988 mil de luvas atrasadas a Payet , mas esse valor representa apenas uma parcela da dívida total. Adson e Hugo Moura também receberam parte do que lhes era devido e aguardam a quitação do restante. A diretoria vascaína planeja regularizar todos os pagamentos de luvas atrasadas até junho, com o objetivo de obter fôlego financeiro para investir na janela de transferências do meio do ano. A expectativa é que com as contas em dia, o clube possa ser mais ativo no mercado.

Dívidas com Outros Clubes e Risco de Transferban

Além das dívidas com jogadores, o Vasco também enfrenta pendências financeiras com outros clubes. Em maio, o montante devido a outros times, referente a contratações e aquisições de direitos econômicos conduzidas pela gestão da 777, era de R$ 51,2 milhões. O clube tinha dívidas em aberto com Athletico, Atlético-MG, Corinthians, Internacional, São Paulo e RB Bragantino. O caso do Bragantino foi o único 100% resolvido, com as dívidas com Athletico e Corinthians parcialmente pagas e as conversas com os outros times em andamento.

O clube também precisou desembolsar R$ 3,5 milhões para quitar uma dívida com o Nacional pela contratação de Puma Rodríguez e evitar um transferban. O mesmo cenário se repete com outras dívidas, como R$ 4,2 milhões ao Al-Shabab por Paulinho e uma parcela de US$ 1 milhão (R$ 6,1 milhão) ao Newell's Old Boys pela aquisição de Sforza. O clube reservou recursos para quitar essas pendências.

A situação financeira do Vasco ainda é delicada, com uma série de dívidas a serem quitadas. A diretoria tem trabalhado para regularizar os pagamentos e buscar um equilíbrio financeiro. Apesar das dificuldades, o clube segue ativo no mercado, buscando alternativas sem custos para fortalecer o elenco . O futuro do Vasco passa por uma gestão financeira responsável e pela busca de soluções criativas no mercado de transferências.