Vasco e Roberto Medina Planejam Futuro de São Januário como Arena de Eventos

Vasco e o Sonho de um São Januário Multifuncional

O Club de Regatas Vasco da Gama está mirando no futuro, buscando transformar seu icônico estádio de São Januário em um espaço multifuncional. A ideia é que, além de sediar partidas de futebol, o estádio se torne um palco para eventos culturais e artísticos de grande porte, gerando novas fontes de receita para o clube.

Para concretizar essa visão, o Vasco firmou uma carta de intenções com Roberto Medina, renomado empresário e idealizador do Rock in Rio. A parceria visa explorar o potencial de São Januário como um local para shows e eventos, aproveitando a expertise de Medina no setor de entretenimento.

A Parceria com Roberto Medina: Um Novo Capítulo para São Januário

A colaboração com Medina, figura emblemática no mundo dos eventos, representa um passo estratégico para o Vasco . O empresário, com sua vasta experiência na organização de grandes espetáculos, pode agregar valor ao projeto de revitalização de São Januário, transformando o estádio em um ponto de referência para o entretenimento na cidade.

Anteriormente, Medina chegou a demonstrar interesse em estabelecer uma parceria semelhante com o Maracanã, visando a realização de shows e eventos especiais no estádio. Agora, o foco se volta para São Januário, com a expectativa de que a união de forças entre o Vasco e o empresário traga resultados positivos para ambas as partes.

Reforma de São Januário: Capacidade Ampliada e Melhorias na Mobilidade Urbana

A reforma de São Januário é um projeto ambicioso que visa modernizar o estádio e aumentar sua capacidade. O clube projeta que, após as obras, o estádio poderá receber entre 43 e 57 mil pessoas, dependendo do resultado dos estudos econômico-financeiros em andamento.

O Vasco também planeja incluir parte da plateia no gramado durante os eventos, seguindo o modelo de outros estádios, como o Nilton Santos. Essa medida aumentaria consideravelmente a capacidade de São Januário em shows e espetáculos.

Para garantir o conforto e a segurança do público, o Vasco está investindo em melhorias na mobilidade urbana no entorno do estádio. O clube apresentou um projeto que prevê a otimização do trânsito, a ampliação das calçadas e a criação de uma ligação com a estação de BRT da Avenida Brasil.

O Envolvimento da Comunidade e os Desafios Financeiros

O Vasco demonstra preocupação em envolver a Barreira e outras comunidades próximas no planejamento da reforma de São Januário. O clube busca integrar a população local ao projeto, buscando soluções que beneficiem a todos.

Apesar dos avanços no planejamento, a reforma de São Januário ainda enfrenta desafios financeiros. O processo de venda do potencial construtivo do estádio ainda não foi concluído, e o clube precisa arrecadar recursos para viabilizar as obras. A criação da Sociedade de Propósito Específico (SPE) e a captação de recursos são etapas cruciais para o sucesso do projeto.

Em uma declaração, o segundo vice-presidente geral do Vasco , Renato Brito Neto, expressou otimismo em relação ao projeto, afirmando que a torcida do Vasco ficará "bem feliz" com as novidades. Brito também revelou que o clube está negociando com um banco de investimento e uma empresa do mercado de shows, que trarão consigo um parceiro financeiro e uma consultoria especializada em planos de negócios para estádios.

"A gente está negociando com um banco de investimento e com uma empresa muito grande do mercado de shows, do mercado de business, que procurou o Vasco. Foi bem bacana. Não foi nem uma procura ativa, veio dessa empresa, que é muito grande. Essa empresa que vai trazer com ela esse parceiro financeiro, que é um banco de investimento. Além disso, estamos trazendo consultora especializada em plano de negócios de estádio"

Em relação à capacidade do estádio após a reforma, Brito declarou:

"Eu vou falar um número aqui e não quero que ninguém se assuste, porque é uma diferença muito grande. Mas eu diria que vai ficar entre 43 e 57 mil. Por que essa diferença? Porque o que está sendo feito agora é um estudo econômico-financeiro do custo de construção e do custo de operação"