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Vasco: Diretor do Cruzmaltino Expõe Riscos Financeiros e Critica Gestão da 777 Partners

Por Redação FutVasco em 10/09/2024 11:41

Risco de Transfer Ban e Débitos: O Desafio do Vasco

O Vasco da Gama, sob a gestão do presidente Pedrinho, enfrenta um cenário financeiro desafiador, com o risco iminente de um "transfer ban" em janeiro de 2025. A revelação foi feita pelo diretor executivo do clube, Marcelo Sant'Ana, em um balanço crítico da situação herdada da gestão anterior, comandada pela 777 Partners.

Sant'Ana, contratado em junho, destacou que o Vasco ainda não quitou o pagamento por um jogador adquirido em 2023, durante a gestão da 777 Partners. Essa pendência, segundo o dirigente, coloca o clube em risco de punição da FIFA, o que impediria o registro de novos atletas.

O dirigente não poupou críticas à forma como a 777 Partners conduziu o clube, apontando falhas na governança corporativa e falta de responsabilidade financeira. "No caso do Vasco , enxergo que não houve um respeito à prática de governança corporativa. O presidente já trouxe pra imprensa algumas situações de endividamento. E, por exemplo, nessa janela de agora, a gente tinha dois riscos de transfer ban. Ou seja, de não pagamento pela compra de atletas, que foram comprados na época da SAF, no ano passado. Em janeiro, eu tenho mais um risco de transfer ban. O Vasco da Gama tem mais um risco de transfer ban por atleta comprada no ano passado, que nunca foi pago, nem uma parcela. Isso é uma maneira da SAF tem que gerir uma instituição? Não. Não aos meus olhos, não", afirmou.

A Gestão de Pedrinho e a Busca por Responsabilidade Financeira

A gestão de Pedrinho, que assumiu o comando do Vasco após decisão judicial que afastou a 777 Partners, se depara com a necessidade de reestruturar o clube e garantir sua saúde financeira. Sant'Ana, que acumula experiência em clubes como América-RN e Bahia, destaca a importância da responsabilidade financeira, independentemente do modelo de gestão.

"SAF ou associação, são duas palavras que significam o regime jurídico. O que importa pra mim é a gestão do dia a dia. O Real Madrid é o clube mais rico do mundo, o clube mais sucesso do mundo e é uma associação. É o único meio de sucesso? Não. Os clubes ingleses, são empresas. Os italianos, basicamente, são empresas também. O Bayern de Munique é um modelo híbrido. Então, pra mim, se é SAF ou é associação, não muda muita coisa, não. O que muda pra mim, o que faz diferença, é o modelo de gestão que você tem dentro dessa estrutura", explicou o diretor.

Sant'Ana destaca que o foco da atual gestão é transformar a realidade do Vasco , com foco em responsabilidade e mudança de práticas. "São esse tipo de dificuldades que a gente tem que enfrentar e trazer respostas e soluções. É o que a gente tem buscado no dia a dia. É transformar essa realidade do Vasco , é mudar as práticas, é respeitar um orçamento que não era respeitado. O orçamento do primeiro semestre não foi respeitado. E quem foi que não respeitou? Foi a condução do processo. E aí não é dar significado, foi pessoa A, foi pessoa B. É a cultura que é estabelecida. Porque muitas vezes o funcionário faz o que a linha de comando determina", disse.

As Mudanças Estruturais e o Compromisso com a Responsabilidade

O diretor executivo do Vasco , Marcelo Sant'Ana, afirma que o presidente Pedrinho exige um time competitivo, mas dentro de um contexto de responsabilidade financeira. "Porque nós somos funcionários, a gente tem que seguir a linha estratégica determinada no topo da pirâmide. E o Pedrinho, ele cobra da gente um time competitivo, um time que seja digno do Vasco da Gama, mas dentro de um cenário de responsabilidade. O presidente não aceita que a gente trate o Vasco sem responsabilidade. Então a gente tem que ter responsabilidade. As mudanças estruturais que o Vasco em 126 anos não fez no mandato do presidente Pedrinho, elas vão acontecer", concluiu Sant'Ana.

A situação do Vasco da Gama demonstra os desafios da gestão de clubes de futebol no Brasil, em especial no contexto da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O caso do Cruzmaltino coloca em evidência a necessidade de um modelo de gestão responsável e transparente, com foco na sustentabilidade financeira e no desenvolvimento do clube.

É fundamental que os clubes brasileiros busquem soluções para garantir a saúde financeira e o futuro do futebol nacional. A implementação de medidas de controle e gestão adequadas, além de investimentos em infraestrutura e categorias de base, são cruciais para o sucesso a longo prazo.

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